Estranhas absorções no ultravioleta.
Astrônomos da UFRN e
do Hubble Space Telescope revelam comportamento inesperados no
espectro de estrelas Gigantes
Cientistas do Departamento de Física da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte juntamente com colaboradores do
instituto Hubble Space Telescope
Science, em Baltimore,
USA descobriram um comportamento inesperado nas linhas espectrais do ultravioleta próximo de estrelas gigantes vermelhas.
Motivado pelo
desejo de medir a abundância dos elementos leves como o berílio em estrelas
gigantes, que são o futuro do nosso Sol, os pesquisadores construíram uma nova
lista de linhas espectrais observáveis e necessárias para sintetizar o
comportamento observado na região do ultravioleta próximo.
Usando dados do
Sol, da estrela Arcturus e Pollux como referências e observadas no telescópio Subaru de 8.2m, um dos maiores do mundo e localizado no
topo do vulcão Mauna Kea, Havaí, os cientistas exploraram fontes potenciais de falta de opacidade no continuum do espectro
e comportamentos “estranhos” na absorção
de linhas no ultravioleta. Os autores concluíram que as estrelas gigantes vermelhas exigem a
adição de uma linha de origem ainda desconhecida pelos cientistas na parte azul
do espectro e próximo ao comprimento de onda do Be3131 A. A inclusão de uma nova linha traz argumentamos
para rever muitas das abundâncias absolutas de Berílio obtidas em outras estrelas.
“Esta medida da
abundância de Berílio tem relação com o engolimento
de planetas por estrelas, entre outras causas físicas. A questão das medidas de
Berílio no Sol está longe de ser completamente resolvida e nosso estudo aponta
para novas direções”, comenta o professor José Dias do Nascimento Jr.,
Astrofísico do Departamento de Física da UFRN e um dos autores do estudo.
Em artigo foi
publicado no ultimo dia 25 de Setembro de 2018 na prestigiosa revista ‘The
Astrophysical Journal’, que é classifica como qualis A1 pela CAPES. Os autores apontam
para várias linhas cientificas que devem
fazer parte agora das pesquisas do grupo na UFRN. O trabalho destes quatro astrônomos
mostra a importância do estudo espectroscópico das abundancias das estrelas
gigantes no sentido de entender a própria história química do Sol. O comportamento inesperado de certas linhas
espectrais pode revelar no futuro próximo algo surpreendente, como por exemplo o
processo pelo qual a estrela está sendo enriquecidas quimicamente por seus
planetas engolidos ao longo da vida e
modificando a sua evolução química.
Link para o
artigo: https://doi.org/10.3847/1538-4357/aad8bf
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