Assinatura da perda atmosférica de Marte
Expectativa na revista Science que será publicada amanhã 31 de Março de 2017 e trará
artigo que trata de como
foi difícil um ambiente habitável em Marte.
O artigo discutirá sobre as taxas de Argônio e tem relação direta com nossos resultados
publicados ano passado sobre Kappa Ceti e o período “infantil” do Sol e desaparecimento da Água
e atmosfera Marciana devido a atividade Solar
intensa. Os isótopos do argônio fornecem uma assinatura robusta da
perda atmosférica e neste caso o Sol foi a causa.
Argon Isotopes and a Robust Signature of Atmospheric Loss Credit: NASA/JPL-Caltech |
Na imagem de um estudo anterior motrado aqui, vemos
a proporção do isótopo argônio-36 sobre o isótopo árgon-38 mais pesado ao longo
de várias medições. O ponto mais a direita é
relacionado com a medição de 2013 da relação isotopica na
atmosfera de Marte, feita pelo espectrômetro no Sample Analysis at Mars (SAM) seguindo o robô Curiosity Mars. Para comparação,
mostra-se a medida anterior feita em Marte pelo projeto Viking em 1976. O resultado do SAM está na extremidade inferior do intervalo
de incerteza dos dados da Viking, mas é equivalente as medidas de razões istotopicas do argônio medidas em alguns
meteoritos de Marte. O valor determinado
pelo SAM é significativamente menor que o valor do Sol, Júpiter e Terra, o que
implica perda do isótopo mais leve em comparação com o isótopo mais pesado ao
longo do tempo geológico. O fracionamento de isótopos de argônio fornece
evidência clara da perda de atmosfera de Marte no mesmo periodo que a vida surgia na Terra.
Este perda de atmosfera foi provavelmente muito intensa quando o Sol tinha a mesma idade ou era mais novo que Kappa Ceti que é uma copia do Sol jovem e para o qual medimos e propomos um vento pelo menos 50 vezes mais intenso que o vento solar atual. O resultado comprova nossas expectativas.
A não-detecção de vida em Marte é ponto importante na discussão sobre a vida na Terra. Vamos aguardar a publicação amanhã na Science para entender e saber mais sobre este tópico excitante.
O astrofísico brasileiro José Dias do Nascimento Júnior (UFRN) discute resultado da Science no Jornal O GLOBO-RJ.
http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/radiacao-ventos-solares-transformaram-marte-num-planeta-frio-seco-21138873#ixzz4cwYLyLXZ
Afinal de contas o que estamos fazendo?
https://www.youtube.com/watch?v=vvPD8ajp6cs&feature=youtu.be
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