Observando
o espaço com
34 telescópios
para
investigar um
milhão de
estrelas.
A
exploração de
planetas em
torno de
estrelas além do
Sol (planetas extra-solares, ou "exoplanetas") é
um dos temas
mais
interessantes da
ciência do
século 21. Um
dos objetivos
chave desta
pesquisa é
descobrir e
entender sobre
as propriedades
dos outros
mundos
semelhantes à
Terra e da nossa
vizinhança. A
ESA, Agência
Espacial
Europeia, irá
fazer isso
através da
preparação de
uma nova missão
espacial chamada
PLATO. O
Lançamento da
missão está
previsto para
2024, e as
descobertas
validadas de
planetas como a
Terra em
distâncias
comparáveis à da
Terra e em torno
de estrelas
semelhantes ao
nosso Sol será
produzido após
terem sido
recolhidos três
anos de dados
observacionais.
O Comité do
Programa
Científico da
ESA votou e
escolheu PLATO
em sua reunião
ordinária em
Paris nos dias
19 e 20 de
fevereiro de
2014, como
um dos cinco
projetos
espaciais
propostos para a
chamada "M" ou
missões "de
porte médio".
Figura
1: Um conjunto de pequenos telescópios constituirá carga útil
científica da Missão PLATO, permitindo que o observatório espacial possa
fazer observações de mais da metade do céu em um campo amplo e
contínuas durante longo período. Crédito de imagem: ESA
Atualmente
nenhum único
exoplaneta do
tipo Terra em
uma zona
habitável e em
torno de uma
estrela
semelhante ao
nosso Sol foi
encontrado e
totalmente
caracterizada.
PLATO vai ser um
pioneiro nesta
busca de novos
mundos para a
humanidade
investigar.
"PLATO começará
um completamente
novo capítulo na
exploração de
planetas
extra-solares"
Dra. Rauer prevê
com confiança.
"Vamos encontrar
planetas que
orbitam sua
estrela na zona
'habitável'
que suporta a
vida: planetas
onde se espera
que a água
líquida exista,
e onde a vida
como a
conhecemos pode
ser mantida". O
consórcio da
missão é
liderada pela
Dra. Heike Rauer
do Centro
Aeroespacial
Alemão (DLR).
PLATO
irá medir os
tamanhos, massas
e idades dos
sistemas
planetários que
irá encontrar,
por isso, as
comparações
detalhadas com
nosso próprio
Sistema Solar
poderá ser
feita. "Nos
últimos 20 anos
mais de mil
exoplanetas
foram
descobertos, com
pouquíssimos
sistemas
multi-planetários
entre eles",
explica Rauer.
"Mas quase todos
esses sistemas
diferem
significativamente
de nosso Sistema
Solar em suas
propriedades,
porque eles são
os mais fáceis
de encontrar
exemplos. PLATO
firmemente irá
estabelecer se
os sistemas como
o nosso Sistema
Solar, e
planetas como a
nossa Terra são
comuns na
Galáxia. "Os
cientistas
precisam de um
quadro completo
de todos os
tipos de
sistemas
planetários para
entender melhor
como os planetas
e seus sistemas
se formam e
evoluem.
Figura 2: Layout e instrumentação de PLATO 2.0. Crédito de imagem: PLATO Definition Study Report/ESA
PLATO
2.0 será capaz
de fornecer
tanto idades
precisas a
partir da
Sismologia
como períodos
de rotação a
partir da
análise das
curvas de luz.
Na UFRN
(Natal,
Brasil), o
Grupo de
Evolução e
Estrutura
Estelar
(GE3)
liderado por
José-Dias do
Nascimento é
integrante da
missão PLATO e
vai liderar o
projeto que
estuda o
presente,
passado e
futuro do Sol
com base no
grupo de
estrela
extremamente
semelhante ao
Sol (Estrelas
Gêmeos
Solares) e
estrelas
Análogos
solares a
partir de uma
perspectiva da
atividade
magnética e
rotação
estelar.
No Instituto
Astronômico e
Geofísico da
Universidade
de São Paulo,
o Professor
Eduardo Janot
Pacheco
(Representante
do Brasil no
PLATO board)
conduzirá
a pesquisa na
detecção
da
oscilações
estelares
(asterossismologia).
PLATO,
é um acrônimo
para PLanetary
Transits
and
Oscillations
of
Stars.
PLATO irá
encontrar
planetas através
da obstrução
periódica da luz
estelar
detectada e
causada por um
planeta que
atravessa em
frente da
estrela,
bloqueando uma
fração da luz da
estrela que
chega até o
satélite PLATO.
Ele também vai
medir pequenas
variações
detectadas na
luz das estrelas
causadas por
pequenas
oscilações nas
estrelas
hospedeiras,
realizando assim
a chamada
asterosismologia.
Assim como em
sismologia da
Terra, estas
vibrações podem
revelar a
estrutura
interior do
corpo
vibratório. A
asterosismologia
nos permite
descobrir a
idade da estrela
e dos planetas
que orbitam em
torno dela.
Figura
3: O amplo campo de observação da missão PLATO. Os 32 telescópios
permitirá uma cobertura muito mais ampla do céu, em comparação com as
missões anteriores de caça por Exoplanetas. Crédito de imagem: ESA
Um
novo tipo de
telescópio
espacial
PLATO
é um tipo de
telescópio
espacial
completamente
novo: ele vai
usar uma rede de
telescópios, em
vez de uma única
lente ou
espelho. PLATO
irá usar câmeras
de alta
qualidade, e
terá a vantagem
de observar
continuamente a
partir do
espaço, sem a
interrupção do
nascer do Sol,
ou o efeito
tremido causado
pela turbulência
da atmosfera
Terrestre. Isso
permitirá que
PLATO descubra
planetas menores
que a Terra e os
planetas a
distâncias de
suas estrelas
semelhantes à
distância
Terra-Sol. Até
agora, apenas
alguns pequenos
exoplanetas são
conhecidos em
distâncias
estrela-planeta
comparáveis ou
maiores que a da
Terra ao Sol. Ao
contrário de
missões
anteriores,
PLATO incidirá
sobre esses
planetas, que
são previstos
como os mais
parecidos com os
nossos próprios
planetas do
Sistema Solar.
A
Europa vai
assumir um papel
de liderança na
busca de
planetas
extra-solares
PLATO
é uma
colaboração
europeia viva e
vigorosa -
muitas
instituições e
centenas de
investigadores
europeus estão
trabalhando em
conjunto com
cientistas de
todo o mundo
para completar a
equipe. O
catálogo de
planetas
potencialmente
habitáveis
fornecidos por
PLATO será a
base para
medidas de
acompanhamento
para estudo da
atmosfera de
planetas,
utilizando o European
Southern
Observatory’s
European
Extremely Large
Telescope
(E-ELT)
, ou a próxima
geração de
grandes
telescópios
espaciais , como
o Telescópio
Espacial James
Webb. Com PLATO,
a Europa vai
liderar a busca
por exoplanetas
habitáveis .
Um
trabalho
pioneiro na
busca por
um candidato a
nosso segundo
"sistema solar"
Somente
através da
medida da massa
e do raio de um
planeta é que
conseguimos
distinguir entre
um "mini- Netuno
", com um alto
teor de gás, mas
uma baixa
densidade - como
os dois planetas
mais distantes
do Sistema Solar
- ou um planeta
rochoso com um
núcleo de ferro,
como a Terra.
Sem esta
informação a
habitabilidade
de um planeta
não pode ser
determinada.
Alguns planetas
extra-solares
conhecidos são
"super -Terras
", com tamanhos
e massas um
maiores que a da
Terra. Até
agora, apenas
alguns pequenos
exoplanetas
tiveram sua
massa, raio e
idade
determinados com
precisão. Isto é
necessário para
descrever
adequadamente um
planeta. "A
observação de
planetas em
muitos estados
diferentes de
sua evolução nos
dará pistas para
sobre o passado
e o futuro do
nosso próprio
sistema
planetário " ,
comenta a Dra.
Rauer. " De
maneira nenhuma
podemos saber
tudo sobre a
juventude de
nosso Sistema
Solar. "
Impusionando
a ciência
estelar
PLATO
irá monitorar
a variação da
luz de
1.000.000
estrelas com
alta precisão,
que irá
fornecer um
legado para os
cientistas que
estudam a
evolução de
estrelas em
nossa Galáxia.
Em particular
as idades
obtidas por
PLATO, via
Sismologia, irão
complementar a
informação
sobre as
estrelas
obtidas pelo
recém lançado
satélite Gaia
da ESA que vai
ajudar a
melhor
compreender a
evolução da
nossa Galáxia.
Fatos
Principais:
Durante
os longos seis
anos planejados
da missão, PLATO
irá observar um
milhão de
estrelas,
levando à
provável
descoberta e
caracterização
de milhares de
novos planetas
orbitando outras
estrelas. PLATO
irá analisar e
observar cerca
da metade do
céu, incluindo
as estrelas mais
brilhantes e
mais próximas.
PLATO
consiste de uma
matriz de 34
telescópios
individuais
montados numa
plataforma-sonda
de observação. O
satélite será
posicionado por
volta do chamado
Pontos de
Lagrange , onde
a força externa
dirigida a
partir da
rotação em torno
do Sol
contrabalança a
atração
gravitacional da
Terra , da Lua e
do Sol. Cada um
dos 34
telescópios tem
uma abertura de
12 centímetros.
Os
telescópios
individuais
podem ser
combinados de
muitas
diferentes
formas e grupos,
levando a
recursos sem
precedentes para
observar
simultaneamente
objetos
brilhantes e
fracos .
PLATO
será equipado
com o maior
sistema de
câmeras que já
voou para o
espaço,
compreendendo
136 dispositivos
acoplados (CCDs
), que têm uma
área total de
0,9 metros
quadrados.
A
precisão das
medições
asterosismológica
de PLATO será
maior do que os
programas
anteriores de
busca por
planetas,
permitindo uma
melhor
caracterização
das estrelas,
particularmente
aquelas
configurações
estrela –
planeta
semelhantes ao
nosso Sistema
Solar.
O
objetivo
científico é
baseado em
projetos
anteriores de
sucesso, como o
telescópio
espacial franco-
europeu CoRoT e
a missão Kepler
da NASA. Também
levará em conta
os conceitos de
missão que estão
atualmente em
fase de
preparação e irá
preencher a
lacuna entre o
presente momento
e o lançamento
em 2024 -
futuras missões
como Kepler -2 ,
e TESS da NASA,
CHEOPS (missão
da ESA)
continuarão a
pesquisa.
Dr.
Heike Rauer do
Instituto de
Pesquisa
Planetária DLR
em Berlim, é
professora de
astrofísica na
Universidade
Técnica de
Berlim. Rauer
lidera o
consórcio
internacional
que irá fornecer
a carga útil e
realizar todas
as investigações
científicas com
os dados.
Informações
para Contato
(no Brasil):
-
Dr. José-Dias do
Nascimento Jr. Cientista
Brasileiro participante da Missão PLATO.
UFRN,
Departamento de
Física, Natal,
RN-Brasil, &
CfA, Harvard
University.
Telefone:
(US)+1 (617) 314
3328, (BR) +84
3215-3793 (ext.
208); Email:
jdonascimento@cfa.harvard.edu.
-
Dr. Eduardo Janot
Pacheco.
Responsável
pelo Consortium
PLATO no Brasil.
USP,
Departamento de
Astronomia do
IAG. Telefone:
(11) 3091-27779;
Email:
janot@astro.iag.usp.br.
Informações
para Contato
(na Europa):
-
Dr. Heike Rauer -
PLATO Consortium
Board, lead. Phone:
+49–(0)30–67055-430;
Email:
Heike.Rauer@dlr.de.
-
Dr. Ulrich Köhler
- PLATO
Consortium,
communication. Phone:
+49–(0)30–67055-215;
Mobile:
+49–(0)175–1641737;
Email:
Ulrich.Koehler@dlr.de.
PLATO
Consortium
Board:
-
Heike Rauer, DLR,
Berlin, Germany
-
Laurent Gizon,
MPSSR, Lindau,
Germany
-
Giampaolo Piotto,
Univ. Padova,
Italy
-
Sabella Pagano,
INAF, Obs.
Catania, Italy
-
Magali Deleuil,
LAM, Marseille,
France
-
Thierry
Appourchaux, IAS,
Orsay, France
-
Don Pollacco,
Univ. Warwick, UK
-
Alan Smith, MSSL,
Dorkin, UK
-
Manuel Güdel,
Univ. Vienna,
Austria
-
Conny Aerts, KU
Leuven, Belgium
-
Eduardo
Janot-Pacheco,
Univ. São Paulo,
Brazil
-
Jorgen
Christensen-Dalsgaard,
Aarhus Univ.,
Denmark
-
Robert Szabo,
Konkoly Obs.,
Hungary
-
Nuno Santos, Univ.
Porto, Portugal
-
Juan-Carlos
Suarez, IAA-CSIC,
Granada, Spain
-
Miguel Mas-Hesse,
CAB-INTA, Madrid,
Spain
-
Alexis Brandecker,
Univ. Stockholm,
Sweden
-
Stéphane Udry,
Obs. Genève,
Switzerland
-
Willy Benz, Univ.
Bern, Switzerland
Comentários
Postar um comentário