Astrônomo de Harvard está em Natal para o “400 Years of Stellar Rotation”
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Astrônomo de Harvard está em Natal para o “400 Years of Stellar Rotation”
Astrônomos descobrem planetas em órbita de estrelas similares ao Sol
Carolina Souza
acw.souza@gmail.com
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Todas as estrelas começam suas vidas em grupos. A maior parte delas, incluindo o Sol, nasceu em pequenos grupos que rapidamente se separaram. Outras se formaram em imensos e densos aglomerados que sobreviveram por bilhões de anos como aglomerados estelares. Dentro desses aglomerados, as estrelas disputam um espaço com milhares de vizinhas enquanto que a radiação forte e os violentos ventos estelares varrem o espaço interestelar, arrancando a matéria prima de formação de planetas das estrelas próximas.
Aparentemente esse seria um local pouco provável para se encontrar outros mundos. Porém, a 3.000 anos-luz de distância da Terra, no aglomerado estelar NGC 6811, astrônomos encontraram dois planetas menores que Netuno orbitando estrelas parecidas com o Sol. A descoberta, que está sendo apresentada nesta segunda-feira em Natal no workshop “400 Years of Stellar Rotation”, promovido pelo Instituto de Física da UFRN, mostra que os planetas podem se desenvolver mesmo nesses aglomerados lotados de estrelas.
“Os velhos aglomerados estelares representam um ambiente muito diferente do que o lugar onde o Sol nasceu e de outras estrelas que possuem planetas”, disse o principal autor do estudo, o astrônomo Soren Meibom do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA). Segundo José Dias do Nascimento, professor do Departamento de Física da UFRN e pesquisador visitante na Universidade de Harvard, “isso traz informação de que planetas podem surgir em qualquer condição”.
“Por meio do satélite Kepler, que tinha o objetivo de encontrar novos planetas, observamos essas formações em ambientes com grande conglomerado de estrelas, em um ambiente caótico e com estrelas com idade bem mais velha que o Sol”, explicou.
Os planetas descobertos no aglomerado estelar aberto NGC 6811 receberam os nomes de: Kepler-66b e Kepler-67b, que são três vezes menores que a Terra. “Através da rotação das estrelas conseguimos descobrir a idade delas, a formação e o espaço em que estão sobrevivendo. A descoberta mostra que planetas pequenos podem formar-se e sobreviver durante pelo menos mil milhões de anos, mesmo num ambiente caótico e hostil”, afirmou Soren.
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